Olhe para dentro de si
Por que o medo?
Por que não nos permitimos olhar para o que de melhor temos, para o que de mais precioso recebemos, que somos nós mesmos.
Parece confuso isso não é?
Não é! É uma questão de abrir os olhos para o mundo, e tentar perceber o quanto tolos e fracos somos diante de nós. E afinal o que somos nós? Você já se perguntou quem é você? Já se permitiu entrar em seu mundo interior, se você não sabe ele é o mais complexo de todos e é por isso que nos escondemos, causa medo, aflições e angustias aceitar a realidade dos fatos. Então, nos abandonamos nos colocamos a venda para que, outros seres tão desconhecidos de si mesmos nos comprem, mostramos o que lhes agrada e assim somos levados, muito mais fácil, claro! O que não sabemos, porém é que essa é a mais covarde e injusta atitude de nos demasiados seres pensantes.
Chega a ser engraçado quando nos damos conta disso. Pensar que Deus em sua infinita sabedoria nos criou com tanto amor, e seu filho, Jesus que foi a maior prova de amor próprio de autoconhecimento, viveu sua breve vida aceitando sempre o que era, e mostrando isso claramente por onde passava, morreu por isso! Por ser autentico, por se reconhecer e se revelar, por não se esconder atrás de subterfúgios, não negligenciou sua essência, foi bravo dentro de si, mas isso abalou as estruturas de quem não seria capaz de fazer o mesmo, estes se sentiram afrontados por alguém que ao se amar e se aceitar, amava também a todos, aceitava a cada um acima de seus insuportáveis defeitos, enxergava o a alma, a bondade, as fraquezas de cada um, independentemente de qualquer circunstância ele os amava simplesmente como semelhantes e o respeitava. Compreendia a magnitude de cada personalidade!Isso é claro só ele o fez, nos reles mortais nunca seremos capazes de amar como ele amou, de se aceitar e aceitar os demais como ele. Mas deveríamos ao menos tentar, é só pensar nele que teremos os melhores conselhos e ensinamentos de todo um tempo. Quando culpamos os outros por nossas derrotas, temos que admiti-los também por nossas glórias, e ai como ficamos? Onde estamos quando nossa função básica que é de nos assumirmos é negligenciada por nos mesmos. É muita loucura pra minha cabeça. Cada ser é único no teatro da vida, cada um tem desejos infinitos e distintos uns dos outros. Devemos nos relacionar, não nos entregando, mas sim doando o que sentimos vontade de doar, e esperar do outro apenas a aceitação ou não. Não somos de ninguém, somos nossos!
Deus nos deu de presente nossas vidas, não se dá algo tão importante para outros, devemos cuidar dela com todo amor e zelo, e fazer dessa experiência a mais deslumbrante obra de arte.
Roniária Alves